Por Uma Vida Toda

   É um querer que não consigo explicar. É querer pra vida toda, pra sempre.

   Dizem que nos precipitamos muito ao dizer que encontramos o amor das nossas vidas. Bem, as vezes pode ser que sim. Pode ser que digamos isso no calor do momento, que falemos algumas vezes sem pensar, mas haverá a primeira vez que seu coração vai te fazer enxergar o que você procurava.

   Não é só pelo simples fato de que seu coração se encaixou com o da pessoa. É por exatamente tudo. Desde o olhar, aquele que atravessa a alma, o beijo que te tira do chão, o calor do abraço, o toque, o sorriso que espanta qualquer mal. É por ter todo o carinho e atenção que merece, receber de volta o sentimento que demonstra. É por tudo que um dia você pensou em ter e do nada, a vida colocou no seu caminho.

Nostalgia

1° de maio de 2014.

Fui, por uma felicidade do destino, treinar na academia de um amigo, no bairro em que eu cresci. O texto a seguir não se trata de sentimento por um único alguém, mas sim por um povo todo.

Passei próximo à casa de alguns amigos, amigos que carrego até hoje comigo. Passei próximo à sorveteria em que comprávamos sorvete de vez em quando, quando saiamos da escola. Perto do bar que comprávamos chicletes antes de ir pra aula. Desci o morro que me causava crises asmáticas, passei muito perto do prédio onde morei alguns anos.

Mas reservei uma parte especial pra falar da escola em que estudei oito anos seguidos. Onde fiz amigos, conheci pessoas maravilhosas, aprendi tanta coisa. Eu já chorei lá, porém ri o dobro. De lá eu levei algumas lições. Trouxe na bagagem meu melhores amigos. Tenho uma amizade feita desde os meus 11/12 anos. Lá trabalhou o homem que tem o dom de me fazer sorrir mesmo quando tudo nem está tão bom assim.

Minha andança nostálgica me fez perceber que meu coração pertence ao bairro que eu cresci. Mesmo que tenha estudado em outro colégio, conhecido novos amigos, aprendido novas coisas.

É bom saber que a gente cresce e as lembranças andam conosco, por pelo menos, a vida toda.