segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Montanha Russa



  O amor sempre vence, disso eu sempre soube. Ou não. Talvez eu tenha aprendido agora, com alguém. Mas não que eu queira falar sobre o amor, nem ao menos sei o que é isso, se sei, prefiro fingir que não. Não sou muito de falar sobre a felicidade, tenho em mim esse ar meio triste, meio pesaroso que pode ser até julgado como "casca", só que no fundo é mais uma proteção.
  
  Amor deve ser algo como se vê nos filmes, todas aquelas idas e vindas de casais que não reconhecem que se amam e no fim, todos já sabem, é aquele mesmo clichê. Ou o amor deve ser, também, o cuidado, a proteção, o zelo, a paciência, o carinho, a cumplicidade, a tolerância, os puxões de orelha, as broncas, os risinhos bobos, os apelidos e as brincadeiras que nós vemos por aí. Pode ser que os dois sejam amor, quem de nós consegue definir o que é isso, na verdade? Amor pode ser aquele abraço quando não se tem palavras pra expressar o que está sentindo, o silêncio e o olhar, que compreendem o que o outro quis dizer. Pode ser até aquele suspiro longo num fim de tarde ensolarada no domingo. Quem é que sabe o que é o amor?

  Quem sabe se compararmos o amor como uma montanha russa, com todos os seus altos e baixos, voltas e voltas. E mais voltas. Toda aquela emoção, aquela adrenalina que percorre pelo corpo inteiro, a sensação de frio na barriga. Não seria essa uma forma de sentir amor também? Amor também pode parecer com uma música, onde palavras descrevem entrelinhas o que você não consegue dizer. Amor pode ser uma fotografia, que faz questão de te lembrar o tempo todo do sorriso estampado no rosto do outro. Amor pode ser uma dança que te envolve. Por que quem é que disse que o amor é uma coisa só?


  Amor é rir sem motivo, ficar sério e continuar a piada, é a briga na mesa de bar que termina com um beijo na volta para a casa. É o medo que some quando se está com alguém, é a vontade de prender a pessoa nos braços e não soltar, é o afago no rosto, o abraço apertado, é entrelaçar as mãos. É a canção que embala a noite, a felicidade instantânea, os minutos finais da despedida. É a história que não tem fim. É a vontade de ser feliz em se importar com o que os outros vão dizer, a saudade que se dissolve depois de um sorriso. É algo que ninguém nunca conseguiu comprar ou vender. Que se dá sem esperar nada em troca, que é de tamanha proporção que não acaba. 


  Mas eu disse que não falaria sobre amor, porque se bem me lembro, eu não sei nada sobre ele.

domingo, 11 de agosto de 2013

Uma Nova História


  Eu escolhi recomeçar, dar um rumo novo as coisas velhas. Mais uma vez resolvi dar uma chance para o meu coração, não foi fácil essa escolha, nunca é. Deixar que alguém entre na sua vida é tão arriscado quanto saltar de páraquedas, sem os páraquedas (talvez essa metáfora seja um tanto quanto idiota).

  Encontrei um outro coração mais partido que o meu, não sei, talvez seja minha missão consertá- lo ou juntá- lo com o meu. Talvez, pode ser também, que a missão dele seja de consertar o meu. Ninguém sabe. É difícil quando você tem medo, quando não acredita em mais nada ou acha que tudo vai ser sempre igual, todo aquele processo de felicidade e logo depois tristeza parece ser a única coisa que você conhece. Mas por que não deixar se levar por alguém, que assim como você, sofre igual? Por que não acreditar que, por esse mesmo motivo, dessa vez dê certo? Como eu disse, ninguém sabe. Do futuro a única certeza que temos é de que toda essa vida precisa ser vivida de forma que não se perca nem um segundo.

  Senti mesmo que precisava de carinho, de colo, de abraço. De alguém que se importasse e cuidasse. Claro, é muito cedo, cedo demais para dizer ou sentir qualquer coisa, mas qual seria a melhor hora, se não essa? Porque agora o único pensamento que passa pela minha cabeça é de que a felicidade me tomou nos braços de novo. Não dá para negar que me sinto bem tendo alguém do meu lado. 

  Quando ele sorri parece que o mundo todo sorri junto, quase nunca me sobra palavras para dizer o quanto aquilo me ganha. Quando ele me abriga nos braços todos os meus medos vão embora durante algum tempo, as vezes nem voltam mais. E quando me beija toma a dor que me matava antes e a sensação que tenho é de que meu coração explode por dentro do peito. E não encontro felicidade maior. Outrora penso que não deveria confiar e me entregar. Mas já não ligo para o pode não dar certo, só me importo com o que tem acontecido agora.

  E quando eu digo que sinto medo, ou até mesmo penso nisso, só me vem esse alguém e tudo desaparece, só me resta a felicidade!